sexta-feira, 13 de maio de 2011

NOVOS PASSOS PARA A ALMA DE UMA VIAJANTE


Ontem, 12 de maio, nova estreia. Quarta temporada. Emoção à flor da pele. Uma vitória. Manter um espetáculo teatral vivo é tarefa árdua nesse país. Manter viva uma produção teatral em terras nas quais ainda se luta para provar o valor óbvio da Arte é missão ainda mais delicada. Mas nós todos nos confessamos escudeiros do palco. Nosso imenso obrigado à plateia que veio encontrar a Senhora das Terras Verdes na reestreia da nossa peça nesta quinta. Vocês deixaram conosco seus aplausos e levaram consigo o melhor das nossas almas. EVOÉ! Por que sim: NÓS NOS CONFESSAMOS ENEIDA! Nesta sexta, sábado e domingo tem mais!!!

SOBRE A PEÇA

Um embate lírico, intenso e provocativo. Em cena, três atrizes vivem Eneida de Moraes. Cercando-as figuras misteriosas que não são claramente reveladas ao público. Inquisidoras? Personagens que simbolizam a milícia que tanto perseguiu a ativista política? Representações arquetípicas da memória (símbolo do resgate de acontecimentos densos, penosos, intensos e atemporais) e da lembrança (simbologia de fatos esparsos e muitas vezes doces ligados a uma trajetória)? Eneida é torturada por essas figuras femininas. É forçada a reviver sua vida, ora de maneira amena, ora de maneira dolorosa. Assim, ela se confessa ser o que é. Ela confessa ter orgulho de seu nome, de tudo o que viveu. Ela reconta suas experiências como escritora, política e carnavalesca. Um espaço dominado pelo elemento água. Água uterina, água da chuva, água dos guajarás, água das lágrimas, água dos suores de prazer, água dos banhos de cheiros. As três personagens manipulam essas águas todas. As duas misteriosas figuras oprimem, estimulam, enlouquecem, abençoam a escritora e ativista que se transformou num dos maiores nomes das letras nacionais. Mas a pergunta persiste: Quem são essas outras? Seriam projeções da alma da própria Eneida? Seriam todas elas faces da mesma mulher? O que importa é que se ouve uma voz que grita: “EU ME CONFESSO ENEIDA” Então... ao público, as respostas e descobertas.

Serviço: O espetáculo acontece nos dias 12 a 14, as 21h00,  e dia 15, às 20h00, no Instituto de Artes do Pará

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